Quando um de nossos familiares é diagnosticado com Alzheimer, todos ao redor são impactados. É preciso união para que o tratamento seja feito da forma mais adequada. Além disso, na hora de pensar quanto custa cuidar de uma pessoa com Alzheimer, um planejamento financeiro é necessário e essencial para o controle de gastos.
A doença dá diversos indícios e, inclusive, sintomas financeiros. A informação é com base em uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins em parceria com a Universidade de Michigan e o Federal Reserve Board of Governors, um dos organismos do FED, uma espécie de Banco Central americano.
O estudo identificou alguns sintomas financeiros nos pacientes e que podem aparecer até seis anos antes do diagnóstico definitivo. Considerando isso, é preciso levar em conta quanto custa cuidar de uma pessoa com Alzheimer já que a família será responsável por todo o cuidado e tratamento.
Mas afinal, quanto custa cuidar de uma pessoa com Alzheimer?
Dr. Leandro Minozzo, geriatra, nutrólogo e especialista no cuidado do Alzheimer e longevidade, quando perguntado sobre quanto custa cuidar de uma pessoa com Alzheimer, disse que o valor pode ser, em média, de R$ 7 mil.
“As pesquisas sobre custos no cuidado de pessoas com Alzheimer no Brasil são escassas, porém, em 2018 a Dra. Ceres Ferretti e outros colegas pesquisadores da USP publicaram uma importante análise. Segundo esse estudo, o custo médio para o cuidado seria de 1.400 dólares a cada mês; sendo 60% relacionado ao cuidado realizado por familiares.”
O dólar ficou no valor de R$ 3,65, em 2018. Logo, no ano que a pesquisa foi lançada, o valor seria em torno de R$ 5.110. Já em 2022, a projeção para a taxa de câmbio no fim do ano está sendo de R$ 5,05. O custo do cuidado seria em torno de R$ 7.070.
O planejamento financeiro é essencial nesse momento, já que os gastos podem superar as expectativas dos familiares.
Principais gastos quando se pensa em quanto custa cuidar de uma pessoa com Alzheimer
Segundo Dr. Minozzo, os gastos são com “medicamentos, suplementos nutricionais, consultas médicas e com reabilitação com outros profissionais como fisioterapeutas, neuropsicólogos, por exemplo, que representam cerca de 15% do total de gastos”.
Contudo, o especialista reforça que o maior custo, quando se trata de uma pessoa com Alzheimer, é o cuidado com o familiar.
“O custo maior é aquele relacionado com o cuidado propriamente dito, tanto por cuidadores profissionais em casa ou em instituições de longa permanência (lares geriátricos), quanto por membros da família. Um aspecto importante é a redução da renda familiar causada pela doença: muitos cuidadores necessitam se afastar das atividades laborais justamente porque precisam dedicar seu tempo ao cuidado do familiar adoecido.”
Quanto custa cuidar de uma pessoa com Alzheimer: é possível reduzir os gastos?
Para o especialista, ter o diagnóstico logo nos primeiros sinais da doença é de extrema importância. Ainda, ele considera fundamental que a família supere a negação, que é uma fase do luto inicial.
Ao superar esse processo, é necessário buscar conhecimento sobre as características da doença. Sendo essa uma forma de evitar complicações e de saber como cuidar de si próprio.
“A relação com um médico e um serviço de saúde qualificados pode auxiliar e muito a família tanto no cuidado adequado quanto na redução de custos. Na geriatria, por exemplo, temos esse olhar global do paciente e da família, somos desprescritores por natureza (retiramos medicamentos desnecessários ou que causam danos) e fazemos o suporte longitudinal.”
Dr. Minozzo ainda afirma que “mesmo que a pessoa com Alzheimer seja acompanhada por um neurologista ou psiquiatra, a avaliação de um médico geriatra é importante.” Essa é uma das formas de se reduzir o custo. Pois, dessa maneira, é possível evitar hospitalizações desnecessárias, o que é algo comum em pessoas com demência.
A prevenção é um caminho eficaz?
O especialista conta que “cada vez mais é comprovado que um estilo de vida saudável retarda ou evita o surgimento de quadros demenciais”. O que mostra que cuidar da longevidade é um passo que deve ser iniciado o mais cedo possível. Afinal, cuidar de doenças e tratar da saúde não é barato. A prevenção é o melhor caminho.
“A partir dos 40 anos, todos devemos ter esse tipo de visão em relação ao planejamento da nossa saúde como uma forma de investimento. Prevenir Alzheimer nos ajudará a prevenir outras doenças, como infarto e câncer, e nos trará menos custos. Devemos tentar ir contra essa maré de virar "sócio" de farmácias. Quem sabe vale muito mais a pena investir em academia, em cursos e em se tornar conhecido dos feirantes do bairro.”
Crédito: Bencemor/shutterstock
A importância de um seguro
Na hora de pensar quanto custa cuidar de uma pessoa com Alzheimer, muitos outros pensamentos podem vir à tona. Será que isso poderia ser evitado? Será um seguro ajudaria com os custos da doença? A resposta é: sim, um seguro para doenças graves seria útil para a família nesse momento.
De acordo com a MAG Seguros, “diante do diagnóstico de qualquer doença grave prevista na apólice, como câncer, Alzheimer, doença de Hodgkin, entre outras, a seguradora paga a indenização”.
O que significa dizer que os custos para os familiares serão reduzidos. Isso porque houve um planejamento prévio para possíveis situações adversas. Nesse caso, a doença inesperada.
Além do Alzheimer, esse tipo de seguro cobre doenças como:
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Diferentes tipos de câncer, incluindo as leucemias e as doenças malignas no sistema linfático;
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Infarto agudo do miocárdio;
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AVC;
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Insuficiência renal crônica;
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Parkinson.
Vale lembrar que a MAG Seguros não tem período de carência. Logo, assim que o segurado receber o diagnóstico, terá direito à indenização.
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