Cuidar da saúde e do bem-estar, garantindo longevidade e tranquilidade ao envelhecer, é uma meta estabelecida por diversas pessoas. Aprender a viver mais e melhor requer planejamento e, de uma forma geral, planejamento financeiro. E, quando o assunto é a compra de medicamentos, planejar o custo de vida e os gastos são passos fundamentais.
Mesmo que pensar na saúde seja algo impagável, os gastos com medicamentos tendem a pesar no bolso, principalmente de pessoas acima de 60 anos.
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De acordo com o Censo 2022, o número de pessoas com 65 anos ou mais de idade cresceu 57,4% em 12 anos. O total de pessoas com 65 anos ou mais no país, em 2022, representava 10,9% da população. Ou seja, aproximadamente 22,2 milhões de brasileiros são idosos e precisam dar atenção especial à saúde.
Mas, como economizar na compra de medicamentos e ter tranquilidade financeira com a sua saúde considerando a alta dos preços?
Compra de medicamentos cada vez mais cara
O ano de 2021 foi repleto de incertezas, devido a alta nos preços e o aumento gradual inflação. Em setembro, por exemplo, um anúncio foi feito pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), juntamente com mais 20 entidades. Eles anunciaram um manifesto contra o fim de isenções de PIS-Cofins para os produtos da saúde prevista pelo PL 2337/2021. O PL, que foi aprovada, faz parte da Reforma Tributária, que altera as regras do Imposto de Renda e vai afetar diretamente as farmacêuticas.
Na época, a Sindusfarma indicou que poderia haver um aumento de 12% a 21%. Não apenas em produtos, mas também em serviços de saúde, impactando diretamente o consumidor final.
Já em 2022, o cenário se manteve nas mesmas condições. No início de abril, houve o reajuste anual, de responsabilidade do Comitê Técnico-Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). O aumento aprovado foi de até 10,89%, cabendo as empresas repassarem o valor reajustado para os clientes.
O reajuste no preço de medicamentos é algo comum e acontece anualmente, em abril. Em 2024, o valor do aumento autorizado foi de 4,5%. Apesar de ainda representar mudança e gastos para os brasileiros, esse foi o menor reajuste desde 2020.
Gilson das Chagas, de 64 anos, é aposentado e acredita que planejamento é a melhor opção para o caso de aumento no preço dos remédios. Sua forma de conseguir produtos mais baratos é, em primeiro lugar, a pesquisa de preço.
“O planejamento é certo. Com o aumento do preço da medicação e sem o aumento do salário, onera bastante. Faço pesquisa de preços, nunca compro de primeira e faço um orçamento prévio em todas as farmácias do bairro.”
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Começar com a pesquisa de preço é fundamental
Maria da Conceição, assim como Gilson, acredita que a pesquisa de preços é a melhor forma de encontrar produtos acessíveis, principalmente neste momento em que os produtos estão ficando mais caros.
Aposentada e com 75 anos, ela afirma que não depende do uso de muitos remédios, mas que seu marido, de 85 anos, necessita de cerca de cinco tipos diferentes de medicamentos. Para garantir os melhores preços, a pesquisa é imprescindível.
“Os remédios estão encarecendo muito e existe muita diferença entre uma farmácia e outra. Em alguns casos não é uma diferença de dois ou três reais, mas quase 10 reais.”, diz Maria da Conceição.
Recebendo cerca de três salários mínimos, o casal possui uma média de gasto com remédios de R$300 ao mês. Ela diz não separar um orçamento específico para esse investimento, mas, quando necessário, parcela as compras com medicamentos no cartão de crédito.
A pesquisa é a sua maior forma de conseguir descontos e valores menores para que o gasto não comprometa as suas finanças. Contudo, esta não é a única maneira de economizar na hora de comprar os remédios.
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Como economizar na compra de medicamentos?
De acordo com Leandro Palmeira, superintendente de staff da MAG Seguros, as palavras-chave para mitigar os impactos previstos de qualquer aumento de preços são planejamento e controle.
“O planejamento financeiro requer uma revisão constante no modo como uma família aloca suas despesas. Em situações como esta, é sempre recomendável repensar o remanejamento de despesas, como adiar gastos que podem ser adiados e cortar custos com itens que não são essenciais.”
Ainda segundo Leandro, dicas simples e práticas do dia a dia podem auxiliar nesse processo de economia, como por exemplo:
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Não deixar para fazer suas compras na última hora.
Tente sempre reservar algum tempo para pesquisar preços e garantir os melhores descontos.
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No momento da consulta médica, pergunte ao médico se existe uma opção genérica de um medicamento prescrito.
Os remédios genéricos costumam ter o preço mais atrativo, os tornando acessíveis e colaborando para a economia.
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No caso das farmácias, entre em contato com as lojas e tente negociar o valor do medicamento.
Muitas empresas oferecem a cobertura do valor do concorrente. Através da negociação, é possível conseguir valores mais baixos.
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Procure informações sobre programas de fidelidade e convênios que ofereçam descontos na compra de medicamentos.
Considere fazer uso do programa Farmácia Popular oferecido pelo Governo Federal, que disponibiliza diversos remédios de uso contínuo para doenças crônicas. Também é possível ter preços mais acessíveis através do plano de saúde e cadastros em nos sites de laboratórios.
Além disso, os associados ao Instituto de Longevidade MAG contam com descontos em remédios, através do Programa de Benefícios ViverMais. O serviço é uma parceria exclusiva com a Drogasil e a Droga Raia, a maior rede de farmácias do Brasil, que oferece descontos a partir de 45% em medicamentos genéricos e a partir de 16% em medicamentos de marca.
O benefício tem o objetivo de atender as necessidades de pessoas acima de 50 anos que gastam muito com remédios. Cadastre-se, faça parte do ViverMais e garanta mais Longevidade Financeira por meio dos serviços exclusivos.
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