A conquista do bem-estar durante o envelhecimento é uma meta possível. Isso é o que demonstra um estudo canadense que traz uma mensagem poderosa: o declínio na velhice não é inevitável. Pesquisadores da Universidade de Toronto revelaram que muitos idosos conseguem recuperar sua qualidade de vida após períodos de dificuldade. A investigação, publicada na revista PLOS One, acompanhou milhares de idosos e mostrou que quase 25% deles superaram um momento desafiador para reconquistar a plenitude física e emocional em um intervalo de apenas três anos.
O estudo analisou dados longitudinais, com mais de oito mil participantes. Todos com 60 anos ou mais, inicialmente sem nenhum bem-estar ideal. Três anos depois uma mudança significativa foi observada. Um quarto do grupo já havia restabelecido sua qualidade de vida. A recuperação mostrou-se fortemente associada a diversos elementos, onde os fatores psicológicos e emocionais se destacaram como cruciais. Idosos que já apresentavam uma boa saúde mental no início do estudo tiveram quase cinco vezes mais chances de alcançar o bem-estar pleno no final do período avaliado.
Crédito: PeopleImages/Shutterstock
Bem-estar durante o envelhecimento e seus múltiplos pilares
Características sociodemográficas também exerceram influência. Por exemplo, pessoas mais jovens no grupo (menos de 70 anos), aquelas que eram casadas e as que se encontravam acima da linha da pobreza apresentaram maior prevalência de recuperação. Ao mesmo tempo, o estilo de vida mostrou-se um pilar fundamental. A prática de atividade física, não fumar e ter um sono de qualidade foram hábitos essenciais.
A ausência de doenças crônicas como diabetes e artrite também foi um fator de grande impacto positivo. A primeira autora do estudo, Mabel Ho, da Universidade de Toronto, ressaltou a natureza inspiradora das descobertas. “O que torna essa pesquisa poderosa é o lembrete de que a velhice pode ser gratificante, mesmo após períodos difíceis”, afirmou.
É importante pontuar que o contexto do sistema de saúde canadense, universal e gratuito, é um fator que pode limitar a aplicação direta dos resultados em países com sistemas de acesso restrito. Todos os cidadãos e residentes permanentes têm acesso gratuito a serviços médicos. Por isso, os achados podem não se repetir em países com sistemas de saúde restritos ou pagos. Nesse cenário, fatores como prevenção, acompanhamento contínuo e suporte social se tornam ainda mais determinantes.
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