Já imaginou como aprender qualquer coisa em apenas quatro passos? É a isso que se propõe a Técnica Feynman, desenvolvida pelo cientista norte-americano Richard Feynman (1918-1988). Além de uma receita fácil para a aprendizagem, o método abre portas para uma nova forma de pensar que permite ampliar (e muito!) o seu potencial.

Richard Feynman foi ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1965. Ele foi um dos pioneiros da eletrodinâmica quântica e era conhecido por sua habilidade de encontrar soluções práticas para problemas complexos.

Com linha de raciocínio de "como aprender qualquer coisa em apenas quatro passos", ele criou a Técnica Feynman. Ele defendia que, com ela, era possível aprender qualquer coisa. A metodologia se baseia na defesa do cientista de que existem dois tipos de sabedoria: 

  • Uma é focada em saber o nome de algo;

  • Outra, em de fato saber algo.

Na técnica criada por ele, Feynman foca na segunda opção. A “receita” tem apenas quatro passos e pode ser aplicada para absolutamente qualquer assunto.

Portanto, serve para qualquer fase da vida: desde a infância até a maturidade. Afinal, um dos segredos da longevidade é estar em constante atualização, certo?

Richard Feynman é ganhador do prêmio Nobel e criou técnica de como aprender qualquer coisa | Foto: Olga Popova/Shutterstock

Richard Feynman: ganhador do prêmio Nobel foi homenageado em selos nos EUA | Foto: Olga Popova/Shutterstock

Conheça a Técnica Feynman de como aprender qualquer coisa em 4 passos:

  • Escolha um assunto ou conceito

Na primeira etapa dessa técnica, você deverá escolher o assunto ou conceito para, então, entender como aprender. Depois, escreva o nome desse conceito ou assunto no topo de uma página em branco.

  • Explique esse conceito para uma criança

Usando suas próprias palavras, você vai anotar tudo o que sabe desse assunto como se estivesse explicando para uma criança. O importante é utilizar a linguagem mais clara e direta possível.

Não é necessário limitar sua explicação a uma definição curta, mas se desafiar a se fazer compreendido. Se possível, use analogias para ajudar a esclarecer o assunto.

O motivo de simplificar o conceito é que, segundo Feynman, tendemos a usar vocabulários difíceis e jargões conceituais para mascarar o fato que não compreendemos realmente determinado assunto.

Veja um exemplo: imagine que você vai explicar pintura abstrata para uma criança. Se apenas disser que o quadro é “abstrato” não estará dizendo muita coisa, apenas reproduzindo uma palavra conceitual. A criança continuará sem entender o que aquilo quer dizer.

Já se você disser que o quadro usa formas e cores para reproduzir o que vemos na realidade em um formato diferente, estará explicando o conceito do que é abstrato. Na sua explicação, poderá dizer os motivos dos pintores optarem por essa linguagem, qual o objetivo em pintar dessa forma e o que o quadro comunica.

É importante detalhar o assunto o máximo possível, sem omitir nada que você considere subentendido. Assim, vai conseguir explicar o que é a arte abstrata, mesmo sem usar o termo.

  • Identifique lacunas e retomar a pesquisa

No processo de ensinar a uma criança (mesmo que fictícia) você provavelmente encontrará lacunas no seu conhecimento. Vai perceber que há algo que se esqueceu, não foi capaz de explicar ou se sentiu inseguro ao abordar.

É nesse ponto que vai identificar o que você precisa de fato aprender. Anote essas lacunas e passe para a terceira etapa: retomar a pesquisa do assunto, mas desta vez focando no que ainda não está bem compreendido.

  • Revise e simplifique ainda mais

 O último passo é revisar suas anotações. Leia e apresente o assunto em voz alta. Você pode fazer isso para si mesmo ou, melhor ainda, para outra pessoa que não saiba o tema.

Observe se utilizou termos técnicos e se esforce para simplificar ainda mais a linguagem utilizada. Se preciso, reescreva.


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