Com o aumento populacional, as mudanças no mercado de trabalho sugerem novas tendências. Afinal, a população já conta com 8 bilhões de habitantes. Entre elas, pessoas idosas vão trabalhar mais. Sendo assim, serão sendo cada vez mais obrigadas a adiar sua aposentadoria em uma realidade global mais desigual entre países.
Nos próximos anos, é previsto um significativo aumento do número de pessoas idosas em países ricos e de renda média alta. Isso será acompanhado de uma rápida desaceleração da taxa de crescimento populacional nessas nações. Essa mudança terá um impacto crucial na chamada razão de dependência. Esse fator mede a quantidade de indivíduos que dependem de pessoas em idade ativa para manter a atividade econômica, arrecadação de impostos e programas sociais, educação, saúde pública e previdência, por exemplo. O grupo é constituído, geralmente, por pessoas entre 15 e 60 anos.
Por outro lado, a desaceleração do crescimento populacional global não será uniforme. Países africanos e do Sudeste Asiático, que atualmente são relativamente mais pobres, ainda devem registrar aumento populacional em um mercado de trabalho global cada vez mais sofisticado. Isso pode resultar em uma lacuna de renda em comparação aos países mais ricos ou de renda média alta.
Como resultado desses movimentos divergentes, surge a previsão de que pessoas idosas vão trabalhar mais. Junto a isso, a desigualdade de renda entre países pobres e ricos tende a aumentar.
Crédito: Aleksandr Ozerov/shutterstock
Pessoas idosas vão trabalhar mais: essa previsão é negativa?
Se pessoas idosas vão trabalhar mais, significa que teremos um cenário negativo para esse grupo social? Segundo especialistas, não será necessariamente negativo que os mais trabalhem mais. Isso poderá ocorrer naturalmente à medida que a longevidade também cresce, levando pessoas idosas a quererem permanecer ativos e produzindo para preservar o padrão de vida. Fator que também contribuiria para a economia.
Já nos países de renda baixa e média baixa, cuja população crescerá mais do que nos de renda alta ou média alta —ampliando a concentração de renda global—, o desafio será incorporá-los a um mercado de trabalho cada vez mais educado e de conhecimentos específicos.
De acordo com a AARP, aqueles que começarem a gastar seus recursos de aposentadoria aos 62 anos, em vez de esperar até os 67 anos, podem acabar reduzindo seus benefícios em até 30% ao longo da vida. A empresa é uma organização privada que estuda questões relacionadas a pessoas acima de 50 anos nos Estados Unidos
Embora optar por se aposentar mais cedo possa resultar em menos dinheiro disponível no futuro, a vida tende a se estender. Assim, será uma escolha entre ter menos recursos financeiros ou trabalhar por mais alguns anos. O que leva mais uma vez a reforçar a ideia de que pessoas idosas vão trabalhar por mais tempo para garantir mais recursos financeiros.
Segundo a AARP, o grande desafio é que três quartos dos idosos que procuram emprego enfrentam dificuldades. Nesse contexto, é necessário revisar os preconceitos e estereótipos associados à idade. Bruno Ottoni, pesquisador da consultoria iDados e da FGV-Ibre, sugere que o combate ao etarismo deve ser estimulado pelas empresas. Uma vez que elas precisam de mão de obra qualificada, e pelas políticas públicas, que precisam requalificar profissionais de acordo com a demanda do mercado.
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Pensando em levar mais qualidade de vida para pessoas com 60 anos ou mais, o Instituto de Longevidade criou o Programa de Benefícios ViverMais. Com a iniciativa, associados possuem diversos benefícios. Como, por exemplo, descontos em medicamentos, tele saúde, cursos de requalificação, seguro de vida, entre outros serviços.
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