Por Roberto Dränger

Em um passado não muito distante, seguir no mercado de trabalho após os cinquenta anos não era uma opção, as portas se fechavam. Atualmente, esse cenário mudou e muito tem se falado sobre a economia prateada. Apesar de o mercado de trabalho estar passando por essa transformação em passos lentos, ela é significativa quando comparada aos últimos dez anos.

Contratação de profissionais seniores no Brasil

Dados recentes da Robert Half, em parceria com a startup Labora, apontam que aproximadamente 70% das empresas brasileiras contrataram poucos ou nenhum profissional com mais de 50 anos nos últimos dois anos.

Embora 48% das organizações afirmem ter programas voltados para a diversidade geracional, a realidade nas contratações é bem diferente: profissionais com mais de 50 anos representam apenas 5% das novas vagas, com 20% das empresas ainda não adotando nenhuma estratégia para atrair talentos dessa faixa etária.

Ou seja, a inclusão de profissionais seniores está em evidência, porém, a contratação desses talentos, especialmente nas startups, ainda enfrenta grandes desafios.


Colegas de trabalhando sorrindo em frente a um computador. Imagem para ilustrar a matéria sobre prata é o novo ouro.Crédito: fizkes/Shutterstock

Experiência e maturidade como diferenciais

Reconhecer o potencial único que a geração +50 pode agregar aos negócios é um caminho estratégico para a inovação e crescimento sustentável. Isto porque, esses profissionais trazem consigo uma bagagem valiosa. Executivos com anos de experiência sabem como implementar e ajustar a visão estratégica de uma empresa, melhorar a eficiência operacional e até mesmo gerenciar crises com mais calma e assertividade. As startups, frequentemente imersas em um ambiente de incerteza e velocidade, podem se beneficiar enormemente dessa experiência na prática.

Mas e a questão de estar atualizado com o mercado?

Não se perde a criatividade por estar na fase senior, assim como não se esquece o conhecimento adquirido para realizar um planejamento eficaz. Adicionalmente, ter um olhar aguçado ao contratar um novo funcionário é algo que permanece para a vida toda.

Portanto, a questão não é mais se as startups devem considerar a contratação de profissionais mais velhos, mas sim como podem lucrar com a experiência da geração +50. Para muitas dessas empresas, integrar essa faixa etária ao time não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas uma verdadeira vantagem competitiva.

O futuro das startups pode, de fato, ser mais prateado do que dourado, e quem entender isso primeiro pode sair na frente.


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