Em 2025, o número de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil ultrapassou 15 milhões, tornando essa categoria uma das principais formas de formalização de pequenos negócios. No entanto, a aposentadoria para MEI ainda apresenta desafios, especialmente para quem deseja um benefício acima do salário mínimo.
A contribuição previdenciária do MEI é de 5% sobre o salário mínimo. Isso garante benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria por idade. Entretanto, a limitação do valor recebido tem levado muitos microempreendedores a buscar alternativas para complementar a renda na aposentadoria.
Desafios da aposentadoria para MEI
O sistema previdenciário do MEI tem vantagens, como a simplicidade do pagamento via Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). No entanto, a aposentadoria por idade exige 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, além de 15 anos de contribuição.
A falta de acesso à aposentadoria por tempo de contribuição e o benefício limitado ao salário mínimo são obstáculos para os microempreendedores. Além disso, a reforma da Previdência de 2019 trouxe mudanças que impactaram essa categoria. Atualmente, novas propostas estão em discussão no Congresso para flexibilizar as regras da aposentadoria para MEI.
Crédito: Jelena Zelen/Shutterstock
Como melhorar a aposentadoria para MEI
O recolhimento de 5% do salário mínimo garante apenas um benefício básico. Para quem deseja aumentar o valor da aposentadoria, a complementação da contribuição é uma opção. O código 1910 permite adicionar mais 15%, totalizando 20% sobre o salário mínimo ou outra renda declarada.
Em 2025, cerca de 400 mil MEIs optaram por essa complementação, um aumento de 14% em relação a 2024. Esse crescimento reflete a preocupação com a sustentabilidade financeira na velhice, especialmente diante da inflação e do alto custo de vida.
Outras estratégias para garantir uma aposentadoria melhor
Além da complementação previdenciária, existem outras formas de garantir uma aposentadoria mais segura para MEIs. Algumas opções incluem:
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Migrar para contribuinte individual: quem fatura acima do limite do MEI pode recolher 20% sobre uma base maior.
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Investir em previdência privada: o número de MEIs que aderiram a essa modalidade cresceu 15% em 2025.
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Somar períodos de contribuição: quem já trabalhou como empregado pode unificar esse tempo para atingir os requisitos mais cedo.
O INSS tem incentivado microempreendedores a planejarem melhor sua aposentadoria. Com um sistema previdenciário cada vez mais desafiador, buscar alternativas é essencial para garantir estabilidade financeira na maturidade.
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