Depois de anos de trabalho, a aposentadoria pode ser relacionada ao descanso. Para muitos, é o momento de parar e viver uma vida sossegada. Para outros, é a fase da vida para encontrar novos objetivos. Afinal, se aposentar não significa estagnar. Manter o corpo e a mente ativos pode trazer diversos benefícios para garantir a longevidade.

Quando o assunto é a saúde física, estar em movimento é necessário para fazer com que as engrenagens continuem funcionando. Com a saúde mental não é muito diferente. Mesmo que existam pessoas diversas e com necessidades distintas, cuidar da mente é essencial.

Segundo Antonio Leitão, gerente do Instituto de Longevidade, entre 2000 e 2015, o número de pessoas acima de 60 anos aumentou 68% em áreas urbanas, contra um aumento de 25% em áreas rurais, em termos globais. Isso deixa bem claro que o envelhecimento é, principalmente, um fenômeno urbano. Por isso, é importante priorizar a saúde para assegurar um envelhecimento favorável, até mesmo no quesito financeiro.

De um lado, temos pessoas que se aposentam e enxergam a ausência do compromisso profissional como um alívio, preferindo, inclusive, uma vida mais modesta. De outro, existem aqueles que não podem passar um dia sem ver alguém. Continuar trabalhando é um fator de estabilidade emocional, principalmente para muitos homens de gerações mais velhas. De acordo com Antonio, não há nada de errado com os dois comportamentos. O fundamental é entender que a saúde mental e a emocional não são menos importantes que a saúde física.

A aposentadoria não representa o fim. É apenas uma etapa do ciclo da vida e que pode ser aproveitada de diversas maneiras. Para quem ainda não chegou nessa fase, confira quanto tempo falta com a Calculadora da Aposentadoria. Já para aqueles que já se aposentaram, confira abaixo quatro formas de se manter ativo com a mente e o corpo.

Um casal de idosos olhando um tablet e rindo. Imagem para ilustrar a matéria sobre se manter ativo após se aposentar.

Crédito: Wavebreakmedia/shutterstock

Após se aposentar, não deixe de buscar conhecimento

Descobrir e se aventurar em coisas novas podem proporcionar satisfação. E,ainda, desenvolver um hobby que traga muito prazer. Quando estimulamos a mente com algo novo, é possível praticar novas atividades, sejam elas físicas ou mentais. Além disso, adquirir conhecimento, algo que nunca pode ser tirado de você.

Essas atividades, contudo, podem estar muito além de ler novos livros, maratonar filmes e séries, ou mesmo começar no artesanato. Não que tenha algo errado nessas práticas, mas que tal aprender algo completamente novo e que também possa te ajudar a reingressar no mercado no trabalho?

Sabe aquele projeto que você sempre sonhou em se dedicar ou aquela iniciativa empreendedora que era o seu sonho antes de se aposentar? Invista em algo que gere resultados para projetos que trarão reconhecimento e satisfação pessoal, e agregue ao seu conhecimento adquirido ao longo do tempo.

Ao investir em conhecimento, é possível contribuir ativamente para a sociedade.

Mantenha contato com pessoas de diferentes idades

A interação social faz parte do comportamento natural do ser humano e estimular essa interação, após se aposentar é um passo de grande importância. Antonio Leitão conta que comportamentos saudáveis dependem única e exclusivamente de decisões individuais e que o ambiente reforça positiva ou negativamente nossos comportamentos.

Muitas pessoas, após se aposentar, enfrentam acontecimentos que as fazem mudar de hábitos e traçar novos objetivos. Por exemplo, o fim de um emprego de longa duração, mudanças familiares, alterações corporais e de saúde. Antonio destaca que, com a tendência do aumento da expectativa de vida e a mudança nos estereótipos sobre papeis sociais de adultos idosos, torna-se cada vez mais natural que ocorra uma mudança de comportamento.

“Grandes mudanças na vida nessa idade impulsionam um recomeço. Uma dica boa para quem quer usar esses momentos como molas de mudança é: procure outras pessoas que estão passando pelos mesmos desafios e troque experiências.” 

Ele reforça que é necessário entender que esses eventos acontecem com outras pessoas na mesma faixa etária. A criação de respostas criativas para questões como o início de uma nova carreira, por exemplo, requer uma revisão interior. 

“Nesse sentido, compartilhar as expectativas e os desejos pessoais ligados a esse processo de revisão com pessoas que estão passando por momentos semelhantes pode ser um catalisador. Então sim, a socialização pode ter um papel fundamental no autoconhecimento, e isso é bastante comum”, completa.

Preserve a saúde sempre em dia

A longevidade depende de hábitos e comportamentos saudáveis que devem ser seguidos ao longo da vida. Ao se aposentar, a regra não muda. É necessário seguir rotinas que preservem uma boa saúde e permitam que o corpo continue oferecendo boas condições, mesmo com as limitações da idade.

De acordo com Antonio, é preciso usar os membros e cérebro para que a vitalidade não se perca. “O corpo humano não foi feito para ficar parado. Lógico que a quantidade ou intensidade do esforço vai se alterar em função da idade e do histórico do indivíduo. Mas a regra não muda”, destaca.

Ele também enfatiza que o período de pandemia restringiu muito as possibilidades, uma vez que as pessoas têm a limitação do convívio social e das práticas a exercícios fora de casa. Mas, segundo o especialista, sempre é possível encontrar uma forma de manter a saúde física.

“Dê uma volta no quarteirão ao redor do seu prédio. Suba as escadas até em casa. Portanto, se mexa e, se possível, tenha uma orientação de um profissional de educação física.”

A saúde precisa estar em primeiro lugar. Alinhar a prática de exercícios físicos regulares com uma boa alimentação, uma rotina de consulta médica e os cuidados com os medicamentos necessários são essenciais para a manutenção do corpo.

Duas idosas em um parque, brincando de bambolê. Imagem para ilustrar a matéria sobre se manter ativo após se aposentar.

Crédito: Rawpixel.com/shutterstock

Cuide da sua Longevidade Financeira

Falar de autocuidado se tornou extremamente comum nos últimos anos. Pensar sobre cuidar das finanças também como uma forma de autocuidado já não parece natural. Contudo, as duas coisas estão totalmente relacionadas.

Antonio Leitão fala que “o tempo é o nosso maior bem. Ele é um recurso irrecuperável. O dinheiro é um bem importante, mas apesar de finito, é um recurso recuperável. Ainda assim, por ser importante, e até imprescindível, sacrificamos uma grande parte do nosso tempo trabalhando, com a finalidade de fazer dinheiro.”

“Assim, em primeiro lugar, descuidar das finanças é fazer mal uso daquilo que há de mais precioso e irrecuperável: seu tempo. Em segundo lugar, descuidar das finanças é diminuir sua capacidade de exercer o autocuidado.”

Para Antonio, existem muitas barreiras psicológicas em falar e lidar com dinheiro. Por isso, pensar nas finanças como um autocuidado pode ser uma forma de rompê-las. Para ele, essa ideia é a essência do conceito de Longevidade Financeira.

Construir a independência financeira depende de planejamento e comprometimento, independentemente da idade. Seja para quem está preste a se aposentar, quem já se aposentou ou mesmo aqueles que ainda estão construindo uma carreira, Antonio recomenda os seguintes passos:

  • Procure se informar sobre o tema finanças pessoais

Mesmo que exista alguma resistência para tratar do assunto, é fundamental ter um mínimo de conhecimento. Seja procurando em livros, seja olhando na internet, busque fontes confiáveis que te ajudem a crescer e entender melhor sobre o seu dinheiro.

  • Envolva seus familiares mais próximos ou as pessoas com quem você divide seu cotidiano.

Antonio reforça que a construção da Longevidade Financeira é uma jornada que não se trilha sozinho. “Lembre-se que a socialização é imprescindível”, completa. Além disso, muitas escolhas de finanças são escolhas individuais nas que podem interferir na renda familiar. Quando o assunto é empréstimo, por exemplo, a avaliação do que é melhor para determinada situação também pode ser feita em conjunto. 

  • Reflita sobre o papel que o dinheiro tem em sua vida e veja que há muitas coisas relevantes que dependem, ao menos em parte, da sua renda.

Essa reflexão é essencial para entender que cuidar das finanças pessoais é uma forma de autocuidado. Pense, por exemplo, sobre os planos que cria e que envolvem seu dinheiro. Uma viagem, um curso, uma faculdade? Planejar é uma ação estratégica para aquilo que depende de você.

  • Busque ajuda profissional.

Mesmo sem ser algo comum no Brasil, existem profissionais que orientam famílias para a construção de um planejamento financeiro e o cuido com o patrimônio. Segundo Antonio, pensar a respeito desse serviço é uma opção, mas ele não anula a necessidade de pesquisar e se informar mais sobre finanças. “É importante ter o mínimo de conhecimento e interesse em Finanças pessoais, nem que seja para você acompanhar o que um planejador financeiro profissional executa para você”, reforça.

Por isso, pense na sua Longevidade Financeira e faça boas escolhas para a sua vida e finanças. Caso tenha dúvidas, o Instituto de Longevidade pode te ajudar mostrando os melhores caminhos para conquistas a sua autonomia financeira após se aposentar. Baixe a planilha abaixo e veja como.

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