A Economia Circular é um modelo de produção pensado para que os produtos e as formas de produção continuem sendo funcionais, úteis e sustentáveis. Ou seja, sendo circulares.

Estamos acostumados com o conceito da economia linear. Nele, temos a dinâmica de “extrair, produzir, consumir e descartar”. Já a Economia Circular funciona com a lógica do "não esgotamento". Ou seja, para que as nossas compras e consumo não se esgotem e continue circulando.

Mas o que isso tem a ver com economia e com o nosso dia a dia?

A Economia Circular propõe modelos sustentáveis de produção, sendo benéfica para o meio ambiente. O conceito também elabora soluções criativas e inovadoras para a produção. Assim, ela propõe sugestões tecnológicas para melhorar o que fazemos hoje. E, por incrível que pareça, ela ajuda na economia e contenção de gastos.

Esse modelo de produção é extremamente útil para quem tem uma empresa e precisa pensar em sustentabilidade, inovação e gastos. Mas vai além. Pensar de forma circular também pode te ajudar a economizar em casa e ter um melhor planejamento financeiro.

Assim fica mais fácil conquistar a sua Longevidade Financeira, não é mesmo?

De acordo com Ricardo Bomfim, Responsável por Economia Circular na Enel Brasil, “conceito de Economia Circular é muito amplo e pode ser utilizado em vários âmbitos da vida cotidiana”. Para o especialista, manter produtos e materiais em uso é o mais fácil de ser inserido no cotidiano.

A Economia Circular no cotidiano

Para Ricardo, “manter produtos e materiais em uso” se relaciona com extensão de vida útil e novos ciclos de vida, já que consiste em prolongar ao máximo a vida útil de materiais e produtos e em dar outras utilidades para eles. “Ele é válido para quase tudo no dia a dia”, comenta.

De acordo com o responsável:

“Um exemplo de extensão de vida útil seria a reutilização de potes e garrafas de plástico e até mesmo a reutilização de água em casa, como utilizar a água de máquinas para lavar o carro, o quintal e como descarga em vasos sanitários. Além disso, o conceito de novos ciclos de vida também se mostra bastante presente na vida cotidiana, no caso de potes, um exemplo seria a utilização desses como vasos de planta ou como decoração.”

Ricardo ainda destaca que a reciclagem e a compostagem são pontos interessantes para o cotidiano.

“Quando não se vê mais uso para algum produto ou material, ao invés de descartá-lo, é importante que ele seja reciclado para que os resíduos se tornem novamente matéria-prima ou produto. Já sobre a compostagem, que é uma técnica que transforma restos orgânicos em adubo, é muito fácil de ser feita e acessível para qualquer pessoa. Por meio da compostagem são recuperados os nutrientes dos resíduos orgânicos, levando-os de volta ao ciclo natural, gerando um adubo rico para o solo de lavouras e jardins.”

Aqueles que costumam investir em adubo e terras poderiam economizar ao fazer sua própria compostagem. Uma forma sustentável de economizar.

O especialista também aponta que fazer escolhas de materiais com maior vida útil é mais uma ação que introduz a circularidade no cotidiano. O uso das lâmpadas de LED, por exemplo, oferece maior economia de energia, além de ser uma ação sustentável.

Uma mulher fazendo artesanato com jarros de vidro usado. Imagem para ilustrar a matéria sobre economia circular. Crédito: Photographee.eu/shutterstock

Os pilares da Economia Circular

Os pilares são divididos nas seguintes categorias: 

  • Insumos Circulares

Quando se usa energia renovável ou que poder ser restaurados. Como por exemplos os reciclados, remanufaturados ou biodegradáveis.

  • Extensão Da Vida Útil

Quando o produto é pensado para durar mais tempo. Também pode ser algo que tenha fácil reparo, regeneração ou reuso. Melhorias no produto, com upgrades ou upcycling, também entram aqui.

  • Produto Como Um Serviço

Assistência técnica, intelectual ou serviços independentes estão nessa categoria. Não é sobre comprar algo e sim consumir sem precisar de comprar. Afinal, se uma empresa oferece um serviço completo de transporte, por que comprar um carro?

  • Novos Ciclos de Vida

Quando um produto se transforma em outro, seja por reciclagem ou remanufatura.

  • Compartilhamento

Similar ao Produto como Serviço, são plataformas de compartilhamento onde pessoas usam produtos compartilhados. Essa é uma forma de não precisar criar mais produtos.

Além de fazer escolhas que mantenham os produtos e materiais em uso para economizar, por que não usar outros pilares? Por exemplo, ao escolher uma corrida em um aplicativo de carro ou usar aplicativos que compartilham ferramentas. Assim você economiza ao não precisar comprar um carro ou uma furadeira. 

Comprar roupas em brechós também é uma forma de escolha sustentável e mais barata. E que tal vender as roupas que não te servem mais? Além de criar um ciclo para as peças, você ainda consegue ganhar dinheiro com essa prática.

E a Economia Circular para quem quer empreender?

Como falado no início, a Economia Circular é um modelo de produção. Ou seja, ela é pensada para fazer com o que se produz seja mais eficaz, sustentável e circular. Para quem começa um novo negócio, pensar nesse modelo pode trazer diversas vantagens.

Segundo Ricardo, “agir de forma circular em sua produção pode baratear os custos de produção e também trazer visibilidade para o negócio”. Ele fala que uma forma de iniciar é mapear os fornecedores que já atual de forma circular e que incentivam isso. Dessa forma, uma cadeia de circularidade seria criada.

“Hoje, por conta do conceito ESG (Environmental, Social, and Governance, em português, Ambiental, Social e Governança), isso vem se tornado uma tendência cada vez maior. Pode ser uma grande vantagem para um empreendedor se atentar nesses conceitos para até mesmo conseguir investidores e baratear os custos fixos com esses incentivos.”

Ricardo cita também o conceito de Upcycling, que consiste no aproveitamento de objetos, com criatividade e respeito ao meio ambiente. “Ele adiciona valor aos negócios e pode aumentar a renda de empreendedores, utilizando produtos por mais tempo e gerando valor agregado”, completa.

Agregar valor ao produto é uma forma de gerar mais relevância e, com isso, mais renda. Para o especialista, “ao implementar tais ações, deverá comunicar bem o tema a seus clientes, pois agrega valor ao que está oferendo no mercado”.


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