Emprestar o nome para um amigo ou familiar fazer uma compra ou um empréstimo pode parecer algo inocente ou uma atitude solidária. Mas, esse comportamento possui diversas consequências e é altamente perigosa para quem está tentando ajudar.
Uma pesquisa realizada pela Serasa, em 2021, apontou que “emprestar o nome para parentes/colegas” está entre os principais motivos de endividamento entre os brasileiros. Enquanto o desemprego ocupa o 1º lugar na lista, com 30% dos respondentes, emprestar o nome foi o motivo indicado por 11% das pessoas, ficando com o 2º lugar. Já a falta de controle financeiro ganhou o 3º lugar, com 9%.
Esses dados mostram que o comportamento supostamente solidário causa problemas financeiros em muitas pessoas. O que pode prejudicar a conquista da Longevidade Financeira. Principalmente quando isso impacta a vida pessoas prestes a se aposentar ou já aposentadas, em busca de equilíbrio nas finanças.
Quais as consequências de emprestar o nome para terceiro?
De acordo com a Serasa, que conta com um levantamento sobre o perfil dos brasileiros endividados e o impacto da pandemia em suas finanças, emprestar o nome também causa impactos psicológicos. “Além das consequências que envolvem danos emocionais e até mesmo prejuízo nas relações com o parente/amigo, emprestar o nome ou o CPF para terceiros pode gerar complicações financeiras”, comenta a empresa.
A Serasa aconselha que a segurança é fundamental. E isso envolve um total comprometimento, daqueles que pediram o nome emprestado, para que o pagamento das contas e prestações sejam feitos dentro do prazo. Isso porque, se não for possível arcar com o pagamento, a responsabilidade é quem emprestou o CPF.
Ainda segundo a Serasa, pessoas que possuem empresas devem ter cuidado redobrado. “Uma vez que o nome sujo pode colocar o negócio em risco”, comenta. Por isso, é preciso estar ciente de riscos como:
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Ficar com o nome sujo, caso a dívida não seja paga.
O que impossibilita a pessoa que emprestou o nome de adquirir bens com seu próprio CPF. Seja no financiamento de um carro ou casa, seja para aquisição mais simples, como ter um cartão de crédito.
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Ser responsabilizada pelas dívidas de terceiros.
Já que a pessoa que pediu ajuda não pôde cumprir com o pagamento de suas dívidas, aquele que emprestou o nome será o responsável. Podendo, dessa forma, se desestruturar emocional e moralmente.
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Sofrer cobranças via processos judiciais dos credores.
O que também afeta o psicológico daquele que emprestou o nome, por ser uma situação constrangedora.
Vale lembrar também que pessoas que pedem o nome emprestado para algum compromisso financeiro geralmente possuem restrição de crédito. Além disso, quem pede costuma ser alguém próximo, como um familiar ou um amigo. O que dificulta no momento de cobrar à essa pessoa que cumpra com o pagamento de sua dívida.
Emprestar o nome é um crime para terceiro é crime?
De acordo com a Serasa, infelizmente, sim. O crime pelo empréstimo de nome/CPF pode ser enquadrado em falsidade ideológica ou estelionato.
“O empréstimo de identidade para que outras pessoas utilizem serviços em seu nome pode ser considerado uma infração penal, principalmente se o assunto for no caso de abertura de empresas. O crime específico dependerá da conduta por trás do uso indevido do CPF, podendo ser enquadrado como crime de falsa identidade ou estelionato, por exemplo.”
Aprender a dizer “não” é necessário
Dar uma resposta negativa às necessidades de um familiar ou amigos pode ser de extrema dificuldade para muitas pessoas. Principalmente no Brasil, na qual vemos que é bastante comum pessoas que sofreram fraudes ou emprestaram o nome e ficaram inadimplentes.
A Serasa aponta que a educação financeira é um dos principais caminhos para aprender a dizer “não”. Ao conhecer oportunidades disponíveis no mercado para quem quer limpar o nome ou até mesmo encontrar linhas de crédito disponíveis para o seu momento são algumas alternativas tanto para quem empresta quanto para quem pede o nome/CPF emprestado. O conhecimento é um caminho importante.
Por isso, estudar as possibilidades é essencial no momento de pensar nas suas finanças. “No Serasa Ensina, por exemplo, o consumidor encontra diversos conteúdos gratuitos como: orientações para consulta de CPF e Score, economias, acesso ao crédito, renegociação de dívidas, proteção de CPF e cuidados no monitoramento”, pontua a instituição.
Crédito: Prostock-studio/shutterstock
O que fazer quando comprometem o seu nome e CPF?
A primeira recomendação da Serasa é sempre consultar regularmente o seu CPF. A empresa disponibiliza um relatório de consultas ao seu CPF de forma gratuita em seu próprio site.
Caso note alguma movimentação suspeita, procure a instituição financeira para alertar que essas consultas são indevidas e podem ser uma fraude em andamento.
Mas, caso o seu CPF já tenha sido incluído na lista de inadimplentes, a orientação da Serasa é tentar quitar essas dívidas o quanto antes.
“Além de priorizar as dívidas (aquelas com taxas mais altas devem ser pagas primeiros), é preciso ficar de olho em oportunidades que as empresas oferecem para facilitar esse processo.”
Um exemplo dessas oportunidades é o Feirão Limpa Nome da Serasa, que acontece até o dia 31 de março e oferece acordos diferenciados para quem quer renegociar as suas dívidas com até 99% de desconto. É possível fazer negociações através do:
- Site do Feirão Limpa Nome da Serasa;
- App, disponível para Android e iOs;
- Ligação gratuita para o 0800 591 1222;
- WhatsApp, pelo número 11 99575-20906;
- Atendimento de forma presencial nas agências dos Correios parceiras da Seara, mediante o pagamento de uma taxa de R$ 3,60.
Por isso, pense bem antes de decidir emprestar o seu nome para alguém fazer comprar ou solicitar um empréstimo. Pense sempre na conquista da sua Longevidade Financeira, planejando ter uma estabilidade maior enquanto se vive mais.
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