O passar dos anos traz mudanças naturais ao corpo. Com a chegada da menopausa, a produção hormonal diminui, a pele perde elasticidade, o tônus muscular se altera e a libido pode declinar. São transformações fisiológicas do envelhecimento, parte de um ciclo que merece ser compreendido com acolhimento e consciência.
Essas alterações, no entanto, podem influenciar a autoimagem, a autoestima e a autoconfiança da mulher, três fatores que impactam diretamente o bem-estar e a manutenção de uma vida sexual satisfatória.
Por que é importante falarmos abertamente sobre isso?
No passado, o fim da idade reprodutiva era entendido como o fim natural da vida afetiva e sexual da mulher. Mas o aumento da longevidade tem transformado essa narrativa. Estamos vivendo uma revolução silenciosa: mulheres maduras continuam ativas com seus sonhos, desejos e a energia para viver plenamente, inclusive no campo da sexualidade.
Ter uma vida sexual ativa na velhice não é exceção. É um direito, um desejo legítimo e uma escolha que merece respeito e incentivo. Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Kinsey revelou que 68% das mulheres com mais de 60 anos nos EUA mantêm uma rotina sexual regular, praticando sexo pelo menos algumas vezes por mês. Além disso, 60% afirmaram apreciar essa atividade tanto quanto no passado, e 13% relataram gostar ainda mais. Esses dados desafiam a visão tradicional de que o desejo sexual cessa com o avançar da idade.
Um ponto central nesse processo é se sentir bem com o próprio corpo. Não para atender a um padrão estético, mas para cultivar uma relação mais harmoniosa e confortável consigo mesma, na qual estar de bem com o corpo não é o mesmo que buscar a juventude a qualquer custo.
Envelhecer bem não exige apagar os sinais do tempo, mas sim encontrar caminhos que respeitem a história de cada mulher: seu ritmo, suas escolhas, sua autonomia.
É nesse contexto que entra a medicina estética.
Quando utilizada com responsabilidade, ética e alinhada às necessidades individuais, essa especialidade médica pode ir muito além da aparência, tornando-se uma ferramenta poderosa para o alívio de dores e desconfortos, o fortalecimento da autoestima e a ampliação do bem-estar. Mulheres maduras podem redescobrir sua sensualidade, reconectar-se com o prazer e viver sua sexualidade de forma plena, consciente e saudável.
E, se a medicina estética puder ser aliada nesse percurso, que seja com propósito, com consciência e com o cuidado que a maturidade exige.
Crédito: pikselstock/Shutterstock
Conheça 7 procedimentos que podem beneficiar a vida sexual da mulher na maturidade
Mamoplastia redutora
Para mulheres que sofrem com dores nas costas, no pescoço ou nos ombros devido ao peso das mamas, a mamoplastia redutora pode proporcionar mais conforto, melhorar a postura e aumentar a qualidade de vida.
Mastopexia
Também conhecido como lifting das mamas, o procedimento é indicado para mulheres que não necessariamente querem reduzir o volume dos seios, mas desejam reposicioná-los por causa da flacidez. A mastopexia pode melhorar a postura e aliviar desconfortos físicos.
Implante mamário
Especialmente relevante para mulheres que passaram por uma mastectomia em decorrência do tratamento de câncer de mama, o implante mamário (silicone) tem um papel fundamental na reconstrução da autoimagem e no resgate da autoestima. Para muitas pacientes oncológicas, o procedimento representa não apenas a recuperação do contorno corporal, mas também um passo simbólico de retomada da feminilidade, da autoconfiança e da vida plena. Quando bem indicado e desejado pela paciente, pode ser uma etapa importante no processo de recomeço.
Cirurgias reparadoras pós-bariátrica
Envolvem remoção de excesso de pele em diversas regiões do corpo (braços, coxas, abdômen), ajudando a eliminar dermatites, infecções de pele, odores, fungos, coceira, dores, e a promover mais conforto físico, melhor mobilidade e autoestima para mulheres que passaram por grandes perdas de peso.
Bioestimuladores de colágeno
Contribuem para a firmeza da pele e podem ser aplicados em diversas áreas do corpo, incluindo a região genital.
Laser íntimo
O tratamento com laser auxilia na melhora da hidratação e elasticidade da mucosa vaginal, reduzindo o desconforto durante a relação sexual e prevenindo infecções. Além disso, o uso de laser tem se mostrado eficaz no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, ajudando a reduzir escapes de urina leves a moderados, um problema comum em até 41,4% das mulheres durante o climatério e a menopausa.
Labioplastia
Cirurgia íntima indicada para mulheres que sentem desconforto - eventualmente, dores - quando usam determinados tipos de roupa (como jeans, roupas apertadas etc), quando praticam atividades físicas ou durante as relações sexuais devido ao tamanho dos pequenos lábios.
Mais do que nunca, é essencial que a mulher madura assuma o protagonismo de sua própria história e faça escolhas que contribuam para sua qualidade de vida, felicidade e autoestima. A medicina estética pode ser uma ferramenta valiosa nesse percurso, desde que utilizada com discernimento e sempre aliada a um olhar integrativo sobre a saúde e o bem-estar da mulher.
Vale lembrar: a indicação de qualquer um desses procedimentos deve ser feita apenas se for desejo da paciente e sempre por um(a) profissional de saúde qualificado(a), capaz de avaliar os riscos à saúde e as particularidades de cada mulher.
Esse artigo foi inspirado no episódio Medicina Estética e Sexualidade da Mulher Madura do podcast Barralife Talks, apresentado pela Dra. Márcia Tavares: https://www.youtube.com/watch?v=pdS0rWocIuQ
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