Por Roberto Dranger

No mundo corporativo, volta e meia essa discussão aparece: apostar em jovens talentos ou confiar nos mais experientes? Parece uma dúvida de RH, mas a verdade é que essa escolha, ou melhor, essa falsa escolha, impacta muito além da gestão de pessoas. Ela chega direto no resultado do negócio.

O que realmente importa não é escolher um lado, mas sim fazer com que esses dois mundos coexistam e se potencializem. E, acredite, isso faz toda a diferença no resultado do negócio.

A energia e a visão dos jovens profissionais

Os jovens que chegam ao mercado hoje trazem uma energia contagiante e um olhar novo sobre o trabalho. Eles estão naturalmente conectados com as tecnologias, aprendem rápido e não têm medo de questionar o status quo. Essa capacidade de adaptação e inovação é essencial para qualquer empresa que queira se manter competitiva.

Mas energia sem direcionamento pode ser perigosa. Inovação precisa de contexto, de experiência para ser aplicada com inteligência.

Dois talentos jovens e uma profissional senior rindo no escritório. Crédito: AYO Production/Shutterstock

A bagagem que só o tempo traz

É aí que entra o papel dos profissionais mais experientes. Quem viveu o mercado por anos sabe o valor do aprendizado acumulado — as decisões difíceis, os erros que doem e os acertos que fazem história. Essa bagagem ajuda a dar equilíbrio às iniciativas, evitando que boas ideias se percam por falta de preparo.

A experiência não é resistência à mudança, como muitos pensam. Ela é o filtro que garante que a mudança seja efetiva e sustentável.

Tenho certeza de que a maior força está na integração desses perfis. Jovens profissionais precisam da orientação e do olhar estratégico dos seniores para direcionar seu potencial. E os mais experientes se renovam ao abraçar o frescor e a inquietude das novas gerações.

Essa troca é, na prática, o que cria times mais criativos, eficientes e resilientes.

Estratégia real, impacto verdadeiro

Não é questão apenas de gestão de pessoas. É estratégia de negócio. Empresas que sabem promover essa convivência estão à frente. Elas inovam mais rápido, aprendem com os erros e mantêm o que funciona.

E isso não fica só no discurso: esses resultados aparecem nas métricas, no engajamento das equipes e na satisfação dos clientes.

Se me perguntarem hoje, diria que a pergunta não é “quem contratar”, mas “como fazer esses talentos trabalharem juntos”. A resposta está no equilíbrio e nesse equilíbrio mora a vantagem competitiva que poucos compreendem.


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